quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Em 2012, amor... Muito amor.

Suas qualidades me encantam, mas foram seus defeitos que me conquistaram. Sim, é claro que eu amo o cheiro de roupa limpinha e sabonete que a gola da sua camisa tem... Mas foi quando você gaguejou pela primeira vez que meu coração acelerou. Sim, eu sou louca pelo seu sorriso de menina boba, de mulher madura, adoro como você tem um sorriso para cada ocasião e como tem um sorriso só meu, aquele que você só dá quando está comigo... Mas foi quando te vi chorar pela primeira vez que me apaixonei, quando te tive em meus braços despreparados, absolutamente entregue a uma garotinha tão desajeitada quanto você. Sim, eu sou apaixonada pelos seus olhos castanho-tempestade, castanho-amor-da-minha-vida, com aqueles reflexos dourados que sempre me desarmam quando bate um raio de sol oportuno... Mas foi quando nosso beijo encaixou perfeitamente daquele jeito tão nosso, tão desajeitado, que eu percebi que queria te beijar pelo resto da vida. Sim, eu amo ter seu calor ao lado da minha frieza na cama, no meio da noite, adoro o pesar da sua cabeça no meu ombro, adoro a sua respiração fazendo minha canção de ninar favorita... Mas foi quando você se se recusou a fechar os olhos porque queria me assistir dormindo que eu descobri que é você, resmungando sonolenta, que eu quero encontrar do outro lado do travesseiro todos os dias. Sim, eu amo a maneira como você sempre parece saber o que me dizer para me tornar ainda mais sua... Mas foi pelos seus silêncios envergonhados, quando você olha para o lado sorrindo e coça a nuca que eu me apaixonei. Menina, não tem nada igual a você nesse mundo, nada que eu queira mais - e isso não é só por suas qualidades, mas também por seus defeitos, por meus defeitos, pela maneira como a gente se ama do dedinho do pé ao último fio de cabelo às nossas falhas, vontades, desejos, erros, sonhos. Você não é a menina dos meus sonhos... É melhor - você é real, é a menina da minha vida. Nossa história tem vírgulas e erros de gramática, nossos dias tem nuvens e ventos frios, mas eu não trocaria o que nós temos por nenhum conto de fadas no mundo. Na virada do dia 31 de Dezembro de 2011 para o dia 1º de Janeiro de 2012, é em você que vou pensar - sinta-se abraçada, beijada e girada no ar... Sinta-se amada. Te vejo em breve, princesa.


"I have died everyday, waiting for you
Darling, don't be afraid, I have loved you
For a thousand years
I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you
Time has brought your heart to me
I have loved you for a thousand years
I'll love you for a thousand more..."

(A thousand years - Christina Perri)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Para uma garotinha machucada

Ei, criança... Para com isso. Levanta seus olhos, encontra os meus, rouba a minha força para você. Há quanto tempo está sentada aí, encolhida nesse chão empoeirado, se escondendo da luz do sol nesse quarto vazio? Quanto tempo mais pretende ficar? Vem, criança. Engatinha até mim, deixa eu te puxar para o meu colo e fazer uma trança nesses seus cabelos curtos enquanto você me conta qual o problema. A verdade é que nem você mesma sabe direito o que há de errado, não é? Eu sei. Eu entendo. Não chora, criança... Enxuga esses seus olhos cor-de-terra, cor-de-vida. Esconde seu choro em meu ombro, deixa eu te embalar até você mergulhar em sonhos, prometo velar seu sono. Ei, criança... O que são essas marcas em seus braços? Não, não, não puxe as mangas da camisa para baixo... Ah, criança... Veja o que está fazendo comigo, veja as lágrimas escorrendo de meu coração. Não, criança, não vou me esconder de você. Entende agora? Você também não precisa se esconder de mim. Sim, criança, eu sei que foi você que fez essas marcas... Eu sei que elas machucam. Não, não espero que você me conte onde esconde a sua arma para lutar contra você mesma... Mas deixa eu cuidar de você? Vem, criança, deixa eu dar um beijo leve em suas feridas - as que eu posso ver e as que estão escondidas bem no fundo de você - improvisar um curativo e te fazer uma caneca de chocolate quente. Vamos entender, de mãos dadas, que todo mundo merece ser feliz no Natal. Eu sei que você só precisa de alguém que te escute... Alguém que te entenda. Alguém que nunca use o que você confessar contra você. Eu vou tentar, criança, eu vou tentar...


"It's a slow fade when you give yourself away
It's a slow fade when black and white are turned to gray
And thoughts invade, choices are made, a price will be paid
When you give yourself away
People never crumble in a day
It's a slow fade"


(Slow Fade - Casting Crows)

domingo, 18 de dezembro de 2011

"Então é Natal..."


Esse ano não vou pedir nada de Natal. Não vou escrever cartas ao Papai Noel, não vou checar os nomes dos pacotes embaixo da árvore, não vou  fazer beicinho toda vez que mencionar algo que desejo para mim. Esse ano só vou agradecer. Porque esse ano teve seus baixos, seus pontos escuros, suas tempestades tropicais, sua quedas inesperadas do topo da nuvem mais alta... Mas valeu mais a pena que qualquer outro ano. Esse ano as minhas lágrimas regaram aquele solo seco e fizeram nascer a flor mais bonita: Amor. Amor puro, amor correspondido... E aprendi que isso não quer dizer amor "fácil", sem problemas, sem pedras no caminho - quer dizer "amor pelo qual vale a pena lutar, perdoar, chorar, tentar e recomeçar, quando preciso for". Esse ano as topadas não me fizeram parar e sim aprender a olhar por onde caminho, a pular as pedras mais baixas e contornar as impossivelmente altas - nada é impossível, aprendi,  não quando se quer. Esse ano meu jardim se coloriu com pessoas lindas, de todas as cores, formas, com sorrisos de todos os tipos, com imperfeições tão bonitas que descobri não poder me ver sem nenhuma delas. Esse ano eu quebrei o espelho e gritei, para quem quisesse ouvir, que sou o que sou e nem tudo o que me apontam são imperfeições - e não vou mudar a menos que eu queira. Esse ano cresci - cresci como pessoa, como mulher... Sei que estou um passo mais perto de ser a pessoa que quero ser. Talvez até dois ou três passos. Talvez um pulo - se eu tiver muita sorte, o pulo certo. Esse ano eu bati a testa em tantas paredes diferentes que não sei como não consegui uma concussão ou a perda de memória que tantas vezes desejei - mas, mais importante, eu aprendi onde estão as paredes. E aprendi que mesmo as pancadas mais fortes não te matam - te ensinam. Esse ano eu mudei - mudei tanto que cheguei ao ponto de olhar no espelho e não entende direito quem era a menina me olhando de volta. Estou aprendendo a amar essa menina, aos poucos, tanto quanto ela merece. Aprendendo a me mover no corpo dela, a rir o riso dela, a enxugar as lágrimas dela e fazer meu coração bater no mesmo ritmo que o dela. Estamos virando uma e é isso que me importa. Esse ano foi um ano lindo, não só pelos sorrisos, mas pelas tantas cicatrizes que agora tenho para exibir. Esse ano... Ah, esse ano foi luz! E eu só tenho é que agradecer pelas chances e fazer do próximo ano tão brilhante quanto esse foi.

Se tem algo que ainda me resta dizer, pedir, é só que eu tenha a oportunidade de incluir isso nos meus votos, menina: "Você é meu karma... E sabe como é, né? Karma é karma, é pro resto da vida". Que dessa vez a gente seja pro resto da vida.